segunda-feira, 13 de junho de 2011

Vício

VÍCIO



Falando sobre o vício do cigarro, que comentamos bastante esses dias, no facebook, lembrei-me de quando eu roía as unhas.




Eu ficava muito "chateada" quando alguém vinha com uma "receita" nova para eu parar. Era pimenta, base casco de cavalo (com gosto de banana podre), enrolar os dedos com esparadrapo, usar luvas, fazer simpatia e outras coisinha mais.

Sem contar a pressão psicológica do tipo: "Se um cara olhar suas mãos, não vai querer namorar com você" ou "Já imaginou, colocar uma aliança nos dedos, com essas unhas feias?" (talvez devesse ter ficado com as unhas feias....brincadeira), e assim por diante.


Como tudo isso era chato, e eu ficava ainda mais nervosa e roía, mais ainda, as unhas. 


Não podemos ajudar ninguém agindo dessa maneira e, o pior, é que andei fazendo isso, esses dias.


Enfim, voltando ao passado, vi o que estava fazendo e me desculpei com o amigo, (espero que ele aceite as desculpas).


Nós abandonamos um vício, quando sentimos a necessidade e a vontade de fazê-lo, não por pressão ou insistência, de quem quer que seja. Se permanecermos em um vício, não é por vontade, mas no nosso subconsciente, temos a impressão que isso nos faz algum bem e quando somos confrontados, dessa maneira, temos a falsa impressão que alguém quer tirar algo de nós, algo que nos faz bem, que nos diferencia, dá algum tipo de calma ou de sossego. Parece um castigo ou punição.


No meu caso, depois de fazer tudo que me foi "sugerido", de livre e espontânea pressão, nada funcionou.


Mas, um belo dia, quase sem querer, ouvi uma conversa entre duas mulheres, sobre esse assunto: Deixar de roer as unhas.


Uma delas, havia conseguido e então, ainda sem querer, prestei atenção na conversa delas, pois queria a "receita milagrosa" e ouvi-a dizer que passou a pintar as unhas, cada vez que saia uma lasquinha de esmalte, ela pintava de novo, e de novo e de novo, assim, até que suas unhas foram crescendo e ela não roeu mais.


Não deu outra, dessa vez, tentei por livre e espontânea vontade, sem nem comentar com ninguém e pasmem, parei de roer unhas. Tá certo que não posso deixar as unhas sem esmalte, ou acabo roendo de novo, menos que antes, mas volto.


Além de deixar um vício de lado, temos que pensar na manutenção, ou seja, não ter uma recaída, e isso é mais difícil que deixar o vício, a primeira vez.


Digo tudo isso para refletirmos se estamos agindo corretamente ao tentarmos ajudar alguém.


Tentamos fazer alguém parar de fumar ou deixar qualquer vício por amor, mas nosso amor não justifica invadir a privacidade ou ser incompreensível com as pessoas. Muitas vezes usamos o amor para justificar alguns erros que, muitas vezes, demoramos a perceber.



No mais, fica a dica, para quem quer parar de roer unhas. Aos homens, usem base incolor, esmalte não vai pegar bem.

By Pati.

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