quarta-feira, 9 de novembro de 2011

Céu



Essa noite sonhei que estava deitada, em algum lugar que não sei descrever, mas de lá, eu via o céu, bem azul com lindas nuvens brancas, que iam e vinham, lentamente. Fiquei ali, por algum tempo só observando cada movimento.
 Aquilo não me levou a conclusão nenhuma, pois as conclusões acontecem quando se finaliza algo e tive a impressão de estar apenas começando.
Mas a imensidão do céu me fez pensar que muitas vezes resumimos nossa vida à presença de uma pessoa que deveria nos fazer feliz, quando, na verdade, nós é que devemos nos fazer feliz, proporcionando a nós mesmos, motivos, ferramentas, caminhos, atitudes e, por que não, algumas pessoas, para construirmos a nossa felicidade.

A felicidade não vem pronta, funciona como uma obra de construção civil.
 Quando mal feita ou feita às pressas, a chance de desabar é multiplicada, às vezes, é necessário levar ao chão e recomeçar, desde o alicerce.
Quando a obra é feita com produtos de qualidade, com o tempo necessário e a mão de obra eficaz, as chances de sucesso são multiplicadas. Mesmo isso, não impede que ela possa vir ao chão, pois muitas coisas fogem ao nosso controle, como um terremoto ou outras ações da natureza.
Por tanto, nossa felicidade nunca dependeu e nunca dependerá de uma única pessoa, um único motivo, uma única conquista, ou um só acontecimento. É um conjunto de pequenas coisas que vão formando a grandiosidade do ser feliz.
É cada sorriso, gargalhada, emoção, surpresa, palavra doce, abraço apertado, beijo ardente, carinho. São gestos, atitudes, palavras, são tantas coisas, tão grandes quanto à imensidão do céu e tão belas quanto as nuvens, mas que vem e vão tão devagar, quando o movimento delas.
Mas vem,  vão,  ficam e estão. Fazendo e desfazendo, começando ou finalizando, seguimos em frente rumo a conclusão que não finda, mas que se vive, a cada instante, enquanto há vida.
Pati J