domingo, 8 de julho de 2012

Como será amanhã?




Às vezes me pergunto, por que eu levo as coisas tão a sério?
Caio naquela frase que diz algo do tipo, ser honesto, direito, hoje em dia, parece errado e fora do comum.
Em tempos onde a futilidade é a bola da vez, realmente é assustador tentar ser correto.
Levando em consideração que o presente é o resultado do nosso passado e o projeto do nosso futuro, chega a dar medo, pensar em como será amanhã.
Frases, palavras, discursos, que possam causar duplo sentido, por exemplo, são vistos pela maioria, sempre pelo lado oposto ao bem.  As pessoas julgam e criticam sem base, sem sequer terem argumentos para sustentarem suas críticas, usam algo do tipo: Porque sim, porque é, porque eu quero, porque eu gosto, porque EU. 
Enfim, tendo como base, única e exclusivamente, a imagem do seu próprio umbigo refletindo por todos os lados.

Se for para pensar no seu próprio umbigo, pense pelo menos, no sentido de ser o gerador de uma nova vida, considerando o cordão umbilical que alimenta e é o ínicio de uma nova existência, talvez até, aquela que nos traga a solução.
Antes, eu sempre ouvia algo sobre as pessoas não conseguirem dormir, por terem peso na consciência.
Hoje em dia, nem em consciência ouço mais falar.
Creio que a questão não seja onde tudo se perdeu, mas, já que se perdeu, ainda podemos encontrar. Onde? Como?
Penso muito a respeito de mudanças, adaptações, flexibilidade, mas não no sentido de querer ser moderno e estar de acordo com o que dita a sociedade, mas no sentido de desejar obter novos conhecimentos, informações, experiências e, não bastasse, retransmitir tudo isso, alcançando as pessoas de mente aberta e que seguem nessa mesma linha de pensamento.
Acredito ainda, que a solução esteja na visão do coletivo, do conjunto, da sociedade, sem excluir, mas remodelando, reconstruindo e, por que não, reciclando?
Até porque, para mudarmos algo, esse algo deve já existir, ou trata-se de uma nova criação, o que não é o caso, pois nossa sociedade já existe, se apresenta dessa maneira, alienada, tomada pelo conformismo e a comodidade. Um povo pacato, que embora cumpra suas obrigações, fielmente, pouco faz pelos seus direitos.
Cumprir suas obrigações não garante seus direitos. Você precisa buscá-los, mas para isso, há de conhecê-los.

Percebem como tudo gira em torno de tudo e o que menos importa, é o seu umbigo?
Se você não fixar na totalidade, no além, no exterior, você perderá até mesmo o essencial para o seu próprio eu, e assim, até mesmo sua existência fica comprometida.
Esse é um dos grandes motivos pelo qual bato na mesma tecla, onde anseio que a sociedade se una, lute, busque conhecimentos e deixe de ser escravo da mídia, de futilidades, de coisas cujo preço é facilmente colocado, cobrado e passem a mirar no valor de tudo, ainda que esse seja, geralmente, incalculável.

E assim, as mudanças acontecem. 

Insisto em pensar: como será amanhã?

Pati :)