sexta-feira, 8 de abril de 2011

O que vamos fazer?


A sociedade está podre. As pessoas estão ocas, não tem nada por dentro.
Seu dinheiro não reflete seus valores, estes estão perdidos. E nós, sociedade, vamos continuar covardes, sem fazer nada, pra variar.


Já imaginaram, que poderia ter sido em qualquer Estado? Cidade ou escola? Espero que isso não vire moda, do jeito que tem gente "desorientada" nesse mundo, com o perdão da sinceridade, só se aprende o que não presta. Estou indignada.

Creio que nada justifique esse tipo de atitude, pessoas que se julgam sofredoras, deveriam visitar locais onde, de fato, existem pessoas sofrendo.
Um bom exemplo, são os hospitais de tratamento de câncer infantil. Lá, irão encontrar crianças lutando pela vida, com dor, com medo, chorando, sofrendo, vomitando, perdendo partes do corpo, do coração e da vida. Poucas esperanças e muita luta, corajosas, fortes, exemplares.
Enquanto isso, a sociedade assiste a tudo, no conforto do seu lar e lamenta. Só se mobilizarão, de alguma maneira, quando acontecer com eles próprios.

Lembrem-se, até então, esse tipo de ocorrência só existia em outros países, era uma realidade longe da nossa, mas está chegando, está pertinho, já é realidade aqui, do nosso lado. Vamos continuar esperando? Quem espera sempre alcança ou é alcançado.

Minha indignação vai além, as pessoas estão perdidas nos seus interesses pessoais. Olham tanto para seu próprio umbigo, que não veem mais nada.

As pessoas, menos favorecidas, são problema nosso também, afinal, convivemos  e poderemos dar de cara com elas, a cada esquina. São essas pessoas, sem oportunidades, sem emprego, com fome e frio, sem casa, rejeitadas, sem esperança, sem nada, que cruzam nosso caminho, todos os dias. Que andam ao redor da escola dos nossos filhos, que pedem esmolas, enfim, que estão em contato diário, de alguma forma, com todos nós.

Então, me diga, são ou não são problemas da sociedade em geral?
E achar bonitinho, nossos filhos humilharem outras crianças, colocando apelidos e os diferenciando como se, ser diferente, fosse ser menor ou pior que qualquer outra pessoa? E as piadinhas, sem graça, que nós, adultos, também fazemos?

Quanto as leis, são importantes e necessárias, mas não há lei que amoleça corações ou coloque consciência na cabeça de alguém.
Cada dia, fica mais difícil entender as pessoas, suas atitudes e a falta delas, suas desculpas e justificativas, furadas, para explicar o inexplicável.

Vou pedir, ainda, que se imaginem no lugar daqueles pais, imaginem aquelas crianças, passando por uma situação onde não sabem o que está acontecendo, para onde correr ou o que fazer? Os pais, não sabem se seus filhos estão vivos, mortos, feridos, só sabem que estão em meio ao caos e a mercê de tudo o que poderia acontecer ali. As crianças tiveram arrancadas, à força, o direito de viver e morreram, sem saber o motivo.

Chorei, muito, e choro ao pensar ou falar sobre o assunto. É impossível não se comover.
Essas lágrimas, são de pura dor e compaixão, com as famílias, parece um pedaço de vidro fincando no peito, como quando somos crianças e pisamos em um caco e nos cortamos mas, não dói, nem metade, do que deve doer no coração dos pais, familiares, amiguinhos, professores, funcionários, PM's e todos os envolvidos, sem querer, nesse fato.

Fica apenas um questionamento: O que estamos fazendo com nosso mundo, nossas crianças, nossa família, nossos animais, nossa natureza, nossa vida?

Atrevo-me a responder: Não estamos fazendo, absolutamente, nada!

Um comentário:

  1. “O que mais preocupa não é o grito dos violentos, nem dos corruptos, nem dos desonestos, nem dos sem ética. O que mais preocupa é o silêncio dos bons” (Martin Luther King)

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