segunda-feira, 26 de novembro de 2012

Onde estão os seus limites?




De onde vem à luz que ilumina o cego, esse que não vê e segue o caminho da claridão, como que guiado por ela?
E de onde vêm os passos que conduzem os que não podem caminhar? Que som é esse que toca aos ouvidos dos surdos e, que voz é essa que ecoa de dentro de quem não pode falar?
Que pensamentos resultam no sorriso daqueles considerados incapazes de pensar? 


Tudo isso, quando achamos difícil enxergar o horizonte ou mesmo caminhar até ele, para podermos ver mais além, se temos plenas condições para tudo isso.

Que tipo de sentimento nos limita os movimentos em direção à vida? Que ruído de lamentação nos impede de ouvir o cantar dos pássaros, ou o som da existência?

E que sentimento nos cala, quando deveríamos falar, gritar, cantar?
A limitação, embora pareça ser a razão de nossos fracassos, não passa de obstáculo que pode e deve ser vencido, mas que costumamos usar como desculpas, para justificar nossas desistências. 

Nossas desculpas podem nos convencer, por algum tempo, mas a vida nos cobrará cada ato que deixamos de fazer, cada sonho não realizado, cada momento não vivido e, pior, nos cobrará, sem piedade, justamente, quando nada mais poderá ser feito, para mudar, quando não se pode mais voltar atrás e, geralmente, quando não há mais nada a vir, pela frente.

A vida nos mostra, a todo instante, o quanto viver o agora está relacionado com o que já passamos e com o que ainda podemos viver. Cada tempo que passa, é resultado de algo que foi e possível conseqüência do que virá.

Arranjar desculpas ou culpados, não nos isenta da culpa que dói, onde ninguém mais sente a não ser nós mesmos: lá dentro.
Portanto, tentar enganar ou mascarar nossa infelicidade, gerada pela nossa própria incompetência, não nos livra das perdas que sofremos.


Não há como recuperar o tempo perdido, aliás, poucas das coisas que se perdem, podem ser reencontradas e em tempo.
A coragem, geralmente, é o fator principal e determinante para a vitória ou o fracasso. No segundo caso, a falta dela é que determina.
O amor próprio é algo bem diferente da auto-piedade. O primeiro nos empurra para frente, o segundo nos mata, se não for bem dosado.

A auto-piedade é útil quando permitimos que outras pessoas nos façam mal e, a partir do momento que passamos a ter dó, de nós mesmos, então, nos protegemos.
Percebem que, a maioria dos problemas que temos, são impostos por nós? 


Nos limitamos, colocamos obstáculos, inventamos dificuldades, desculpas, perdemos tempo procurando culpados, mas a realidade daqueles que tem mais dificuldades nos esfrega na cara, a todo instante, que a covardia é o que nos torna cegos, surdos, mudos, aleijados ou incapazes e não a capacidade física e mental.

Talvez, uma boa dose, de vergonha, a ponto de encher a cara, seria o ideal.

Agora que temos consciência disso, se é que já não tínhamos, temos ainda menos desculpas, ou motivos, para deixarmos de ser feliz!

Pati :)






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