terça-feira, 8 de março de 2011

Lições da vida...

http://www.youtube.com/watch?v=sejFtRJ1a4w  Vejam esse vídeo, colaboração da minha amiga Cidinha Viegas.

LIÇÕES DA VIDA...

Sábado, (05/03), passei mal e tive que ir ao hospital. Após uma longa espera, para ser atendida, fui levada à sala de observação para aguardar pela internação, enquanto tomava soro e medicamentos. Não me sentia bem, aliás, estava péssima, sentia dor, frio e sonolência, cheguei a pedir ao médico que me mandasse embora e cancelasse minha internação pois, não aguentava mais ficar ali. Ele negou, claro.
Enquanto aguardava a liberação para subir ao quarto, algumas pessoas vieram para a mesma sala de observação, entre elas uma moça de 15 anos, que acabara de finalizar seu tratamento de quimioterapia e, como se não bastasse, é cadeirante. Que força dessa menina e dessa família. Ela deveria estar se preparando para sua festa de debutante, pensei...
Depois, chegou uma senhora, idosa, numa cadeira de rodas, acompanhada pela sua filha. Ao passar por mim, a olhei, por baixo, pois estava sem coragem de levantar a cabeça, e ela, sorriu docemente para mim.
Essa senhora, olhou para três homens que ali estavam, também aguardando internação e um deles, chamou sua atenção. Ele estava vendo TV. De onde eu estava, não conseguia vê-lo, mas imaginei que estivesse olhando para o alto, pois a TV estava em um suporte, fixado na parede. 
A doce senhora questionou, sem excitar: Olhe os olhos daquele homem, será que ele está morto?
Não aguentei, nessa hora, esqueci a dor e o cansaço, e cai na risada.
Sua filha, corou na mesma hora, e pediu que a mãe falasse baixo, dizendo logo que o homem, apenas via TV, mas estava vivo.
Então outra paciente perguntou a idade da senhora, que logo respondeu: Eu devo ter uns 75 anos, já devia ter morrido, mas ainda estou aqui, não sei  pra quê?!
Novamente, ela me fez rir, que inocência.

Então, sua filha contou que ela, essa senhora, vive em uma clínica, pois precisa de cuidados especiais, porque sofre de "Mal de Alzheimer" e, estava no hospital, pois sofreu uma queda, bateu a cabeça e precisava fazer alguns exames. Mas ela não se lembra de como caiu, de como bateu a cabeça ou o que teria acontecido.
É certo que aquela senhora não se lembra, também, de mim, do sorriso doce, com o qual me presenteou naquele dia, nem das vezes que me fez sorrir, me dando força e coragem para permanecer ali, naquelas condições.
Logo, ela foi levada para realizar os exames e eu, fui levada ao quarto. Não a vi mais, talvez, nunca mais a veja mas, jamais me esquecerei dela, a não ser que, quando tiver sua idade, esteja na mesma condição.
Devemos cuidar melhor, dos nossos idosos, que saudade dos meus avós, Sr. Sebastião e Dona Francisca que, hoje, moram com Deus.


Pati.

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