sábado, 12 de março de 2011

Crianças

Tenho acompanhado, nos últimos dias, com muita tristeza, notícias cabulosas de verdadeiras tragédias cometidas contra as crianças.

A última ceia de Jesus, com 12 crianças de rua.

Seres indefesos, vítimas da sua inocência e fragilidade, muitas vezes, acometidas das piores injustiças causadas até, por seus próprios pais, familiares e cuidadores. Os mesmos que deveriam estender suas mãos para segurar aquelas pequenas mãozinhas e dar-lhes segurança, cortam suas mãos ou as usam das piores maneiras possíveis.
Nossas crianças, têm sido humilhadas, exploradas, massacradas, abandonadas, destruídas.
Existe todo o sensacionalismo de alguns jornalistas porém, os atos cometidos, falam por si. Nenhum sensacionalismo é pior do que o verdadeiro ato cometido ou a omissão.
Doce infância jogada fora, como se alguém tivesse o direito de fazer isso.
Pequenas mãos, dignas de todo amor e carinho, que deveriam acariciar um bichinho de estimação, serem afagadas carinhosamente, tocarem em coisas diferentes, agarrarem novos brinquedos, comerem doces, são usadas nos faróis, para pedir esmolas, sobre o olhar, ameaçador, de um adulto explorador que os intimida, o tempo todo.
Quando vejo aqueles olhinhos assustados, aquela carinha suja, roupas rasgadas, no frio, garoa, penso que elas deveriam estar na escola, podendo fazer algo por um futuro que, desse jeito, não chega.

Penso, que poderiam estar chorando, de tanto rir, ou fazendo graça, para os que sabem apreciar, tamanho presente e obra de Deus.
Por falar em Deus, penso, o que responderei a Ele, quando me perguntar o que fiz, para mudar isso.
Pequenas mãozinhas esfoladas, rostinhos tristes, olhares perdidos, expressão de medo, corpinhos feridos, almas abandonadas, sonhos esquecidos, estômagos vazios, ouvidos que, ao invés de música de ninar, ouvem palavras de baixo calão, gritos de desespero e de dor. Desejos não realizados, presentes que não chegaram, carinho não recebido, letras não aprendidas, futuros despedaçados...
Conseguem imaginar?
Acabei de descrever, algumas crianças, do nosso Brasil.
Nesse momento, não consigo pensar, em mais nada, a não ser, na responsabilidade que tenho, diante de tudo isso. O que farei?

Pati.

Nenhum comentário:

Postar um comentário