quinta-feira, 10 de janeiro de 2013

O ser é mesmo humano?



Imagem real de uma ultrassonografia de bebê, menina, de quase 6 meses: Keyse, em Janeiro de 2013.



Será que você consegue se colocar no lugar de alguém, e sentir o que acontece com as pessoas?
Não sei, mas parece-me que, ao longo do tempo, nos têm sido tirado o senso de humanismo, fazendo com a que a gente esqueça que somos meras pessoas.

Imagine você esperar nove meses por um filho, vendo sua barriga crescer, o bebê se desenvolvendo, seus órgãos sendo reposicionados dando espaço para que ele cresça dentro de ti. Seus seios tomando formato, enchendo de veias e iniciando o processo de preparação do leite para amamentá-lo. As roupinhas, os brinquedinhos, enxovalzinho e tudo mais que preparamos, com tanta alegria.
Seu corpo mais frágil e suas forças diminuídas, pois toda sua vitamina, saúde, sentimentos, força e sua vida, passam a ser divididos por dois, ou mais. Seus hormônios e seus sentimentos confusos, você sensível, e um pouco assustada, pois vem um parto pela frente e, quem é mãe sabe, o quanto isso é difícil, o quanto dói, o quanto sofremos, pela vida. E quando ele mexe, é algo fantástico.

Além dos sonhos, a vontade de saber como será o bebê, para quem puxou, ver o sorriso, ouvir o choro, amamentar, tê-lo no colo.
Você já viu o rosto de um pai quando sente seu filho se mexer, pela primeira vez, dentro da barriga da mãe que o espera? E uma das coisas mais lindas do mundo, nesse momento, você vê um homem, de verdade, cheio de emoções.
E, de fato, aguardar pela concretização da bênção que já vive ali, que já nos foi dada.

Já imaginou, passar por tudo isso e não viver o sonho? Não poder se quer, ver o rostinho? Pegar nos braços? Amamentar?

No momento em que uma mão, segura uma arma, são vários os dedos que estão no gatilho: São os dedos do marginal, daqueles que podem mudar as leis, e nada fazem, daqueles que são coniventes com a criminalidade e de toda uma sociedade covarde, que não se movimenta para nada .

Espero que o meu, o seu e o nosso dedo, não estejam no gatilho, da arma apontada, para a próxima vítima.

"Em homenagem a todas as mães, em protesto contra toda a violência e a favor da vida".

Pati :)



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