terça-feira, 13 de março de 2012

Dia 21 de março é o Dia Internacional da Síndrome de Down.



Certa vez, em um trabalho voluntário, do qual fiz parte, conheci várias mães de crianças deficientes. Eram vários os tipos de deficiências, e entre elas, muitas crianças com a Síndrome de Down. Convivi com essas pessoas e posso dizer, por experiência, que são pessoas especiais, mas por serem boas e amorosas, inteligentes e capazes, e não por serem deficientes.


Conversando com uma dessas mães, ouvi algo que mexeu comigo, profundamente. Essa mãe relatou que, um belo dia, estava em um Parque Público, com sua filha, que têm Síndrome de Down. Nesse Parque, havia várias outras crianças brincando, todas juntas. 

Vim às lágrimas, quando ela contou que, ao verem sua filha sentar-se junto às outras crianças para brincar, as outras mães, uma a uma, foram pegando suas crianças e saindo do local, deixando sua filha sozinha...


Eu não questionei nada, embora tenham passado inúmeras perguntas pela minha cabeça, naquele momento, como por exemplo, como ela tinha suportado essa situação, pois deve ter sido uma tristeza muito grande, ver sua filha, naquela situação. Me contive, pois a tristeza me invadiu a alma e o coração.


Chorei, assim como estou chorando agora, ao relembrar e escrever o que ouvi e, naquela ocasião, ao invés de eu consolar aquela mãe, foi ela quem me consolou e disse: "Hoje minha filha convive aqui e na escola com todas as crianças e é aceita pela maioria..."


Eu sou uma defensora incansável de todas as mulheres e mães, mas essas tem um respeito ainda maior da minha parte.

Ressalto que meus filhos, que não são deficientes, e agradeço a Deus por isso, mas se fossem seriam amados da mesma maneira, participavam das atividades juntamente com as pessoas deficientes e isso só enriqueceu a vida deles e os deu amigos especiais, por serem verdadeiros.

Já muitas pessoas que se dizem normais, são deficientes de honestidade, sinceridade, amor, compaixão, carinho, amizade.

Pessoas com Síndrome de Down são capazes de realizar tarefas, amarem e serem amadas, como qualquer outra pessoa, mas são incapazes de vencer, sozinhas, o preconceito e é ai que entramos em campo. 

Vamos encarar juntos, essa batalha!!!

Preconceito, aqui, não mesmo!!! Pati :)

Um comentário:

  1. Triste época!
    É mais fácil desintegrar um átomo do que um preconceito. (Albert Einstein)

    Não sei em que época o Albert falava ou em quais preconceitos que ele se referia, mas sua frase se mostra atual quando pensamos em Síndrome de Down. E hoje seu blog está nessa luta de desintegrar mais um preconceito. Parabéns Patrícia!

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