Geralmente,
quando um relacionamento chega ao fim, costuma-se dizer que ele não deu certo.
Na verdade, deu
certo, enquanto durou e, em determinado momento, as coisas mudaram. Muitos
casais não conseguem suportar, justamente, as mudanças, esquecendo-se que elas
são naturais. Dificilmente alguém deseja manter-se estável, e começa a se
especializar, mudar de comportamento, freqüentar locais e atividades
diferentes, treinar em academias, fazer novas amizades, ter filhos e etc.
As
mulheres, principalmente, têm assumido posturas semelhantes a dos homens,
muitas vezes, por não serem reconhecidas, respeitadas e até serem humilhadas,
devido à condição de “donas de casa” e sentirem-se submissas, principalmente
por dependerem financeiramente. Pior ainda, quando a mulher se sobressai,
crescendo hierarquicamente e financeiramente mais que o homem, quando poucos
conseguem encarar naturalmente, esse tipo de acontecimento.
É difícil ser
dona de casa, sem salário e não poder pedir dinheiro ao parceiro, ainda mais
que, na maioria das vezes, esse valor é para ser investido na própria casa, quando
não para o próprio, na sua alimentação, na manutenção do lar, para os filhos,
entre outras necessidades. Sem contar quando o parceiro não reconhece seu
trabalho de casa, cuidados com alimentação, maternidade, atenção ao próprio
companheiro, principalmente sexualmente falando e toda a “carga’ dispensada a
elas.
Nesse momento,
o amor acaba deixando de ser o principal fator do relacionamento, dando espaço
ao ego ferido, ao machismo, muitas vezes, ao orgulho.
Outro fator
determinante, para o final de um relacionamento é a falta de confiança.
Infidelidade ou a suspeita dela, tem resultado na separação. De qualquer
maneira, são as mudanças, sejam elas financeiras, de “status”, comportamental, é
base para desencadear crises entre os casais.
Mas, o
principal, parece-me ser a falta de compreensão, o “abrir mão”, o equilíbrio.
Tudo acontece
por um motivo, talvez, a mudança do parceiro seja a conseqüência das suas
próprias mudanças, ao relacionamento, ou ao outro.
Atualmente, os
casais têm encarado com mais naturalidade o rompimento de uma relação e, embora
muitas vezes não assumam publicamente, a maioria, tem consciência dos motivos
que causaram esse resultado, até mesmo antes do termino, porém, não tomam uma
atitude.
De fato, uma
relação a dois é sempre cercada de complicações e problemas, onde alguns casais
conseguem superar, apesar das crises comuns, e outros não.
O fato de não
conseguir não significa que vocês fracassaram, pois como eu disse no início,
foi positivo enquanto permaneceu, mas em dado momento, acabou. A experiência
também evolui para novos tipos de relacionamentos, muitas vezes, informais. Mas
cada caso é isolado e o que foi vivido anteriormente, pouco poderá ser
aproveitado, num novo envolvimento amoroso.
Até porque, a
novidade, a surpresa, a curiosidade, são necessidades indispensáveis para
qualquer relacionamento e, se fossem todos iguais, não havia a vontade de
tentar novamente, de se dar uma segunda, terceira, quarta, chance.
O importante é
ter consciência das possibilidades que a vida tem para oferecer e, dessa
maneira, seguir em frente, em busca desses novos desafios, que são a razão da
vida.
Com o passar do
tempo, novas pessoas e oportunidades serão apresentadas a você, dando a
possibilidade da escolha, da adesão ou não de novos rumos, sejam eles
emocionais ou profissionais. Surgirão diferentes amizades, amores, propostas,
viagens, enfim, a vida se abrirá e você poderá contemplar tudo aquilo que, se
tiver coragem, poderá alcançar.
Pati :)
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